INTERNAÇÃO DE ADOLESCENTES POR ABORTO NO ESTADO DO ACRE NO PERÍODO DE 2015 A 2019

Resumo

Introdução: A gravidez na adolescência além de ser um problema social é considerada de alto risco, uma vez que pode ocasionar uma série de complicações para a mãe e para o feto, sendo uma das principais causas de morte dentro da faixa etária de 15 a 19 anos, seja por complicações na própria gravidez, no parto, seja pela prática de aborto. Objetivo: Evidenciar os casos de internação de adolescentes por aborto no estado do Acre no período de 2015 a 2019. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e exploratório, de abordagem quantitativa. A população de estudo foi composta por todos os casos de internação de adolescentes por aborto no Acre e registrados entre 2015 e 2019, cujos dados encontravam-se disponíveis no departamento de informática do sistema único de saúde (DATASUS).  Resultados: Ocorreram 1.349 internações de adolescentes por aborto no período de estudo, dentre essas a maioria ocorreu no município de Rio Branco (55,3%). Observou-se uma tendência de declínio no número de internações ao longo dos anos, mas a maior ocorrência se deu no ano de 2015 (26,0%) e a menor no ano de 2019 (15,0%). Relativamente à idade, a maioria das adolescentes encontravam-se na faixa etária de 15 a 19 anos (92,0%). De acordo com a classificação do código internacional de doenças (CID -10), as principais causas de internações foram aborto espontâneo (41,7%), aborto por outras razões médicas (0,1%) e  outras gravidezes que terminam em aborto, com 58,2% dos casos. Conclusão: Os dados permitem sugerir que as internações por aborto em adolescentes foram elevadas no Acre no período estudado, no entanto as internações por essa causa vêm apresentando uma tendência de declínio no estado.