DETERMINANTES AMBIENTAIS E NÃO-AMBIENTAIS DA MALÁRIA EM ÁREA URBANA DE MUNICÍPIO DA AMAZÔNIA OCIDENTAL: USO DE MOSQUITEIROS COMO MEDIDA DE PROTEÇÃO E FATORES ASSOCIADOS AO SEU USO

Autores

  • Athaid David Escalante Cayotopa UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Autor
  • Alanderson Alves Ramalho UNINORTE ACRE Autor
  • Kauan Alves Sousa Madruga UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Autor
  • Everton Felipe do Vale Araújo UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Autor
  • Melquior Brunno Mateus de Matos UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Autor
  • Douglas Pereira de Almeida UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Autor
  • Aline Ferreira da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Autor
  • Maria Gabriela Silva Guimarães UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Autor
  • Wagner Werner Klein UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Autor
  • Ana Caroline Santana dos Santos UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Autor
  • João Vitor Coelho Pacheco UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Autor
  • Felipe Monteiro de Araújo UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Autor
  • Mônica da Silva-Nunes UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Autor

Palavras-chave:

Malária, Amazônia Ocidental, Prevenção de malária, Mosquiteiros, Acre, Brasil, Plasmodium, Parasitologia

Resumo

Introdução: A malária é uma das principais endemias parasitárias do Brasil. Em 2012, foram notificados 241.806 casos de malária na região amazônica, e 26.466 casos autóctones ocorreram no estado do Acre. Um dos municípios mais afetados desse estado foi Mâncio Lima que, em 2013, registrou número de casos quase 74 vezes maior que a média nacional e concentrados principalmente na área urbana. Apesar disso, em 2011, uma iniciativa decisiva do Ministério da Saúde foi implementada: o programa de distribuição maciça de mosquiteiros na região, visando controlar vetores anofelinos. Todavia, até o momento, o impacto dessa medida não havia sido analisado sistematicamente. Objetivo: Avaliar a adesão às medidas de controle vetorial, mais especificamente o uso de mosquiteiros impregnados com inseticida e a relação da frequência do uso com diversas variáveis. Métodos: Realizou-se uma amostragem de 350 domicílios, contendo cerca de 1.421 pessoas, residentes na área urbana de Mâncio Lima. O cálculo baseou-se em uma prevalência de 25% de malária urbana, com 10% de precisão e uma taxa de perda por não resposta de 10% (nível de confiança de 95%), em 2012. Os domicílios foram sorteados a partir do cadastro do programa “Saúde da Família”, respeitando a proporcionalidade por bairros da área urbana. O desenho epidemiológico consiste em um estudo transversal. Resultados: A frequência da população que sempre usa o mosquiteiro permaneceu relativamente baixa (69,90%), e as variáveis que mais influíram no uso mais frequente foram: a baixa escolaridade, a história de internação por malária, a opinião de que o mosquiteiro protege contra a malária e a percepção de que no ambiente de sono havia muito mosquito. Conclusão: Os resultados do ainda baixo uso dos mosquiteiros ressaltam a importância da educação em saúde, das visitas frequentes dos agentes comunitários e da disseminação de informações, em diversos meios de comunicação, sobre os riscos que a malária causa à saúde individual e coletiva. É importante, deste modo, continuar a transmitir à população de Mâncio Lima, segurança sobre a eficácia do mosquiteiro.

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Publicado

2023-07-28

Como Citar

DETERMINANTES AMBIENTAIS E NÃO-AMBIENTAIS DA MALÁRIA EM ÁREA URBANA DE MUNICÍPIO DA AMAZÔNIA OCIDENTAL: USO DE MOSQUITEIROS COMO MEDIDA DE PROTEÇÃO E FATORES ASSOCIADOS AO SEU USO. (2023). DêCiência Em Foco, 4(1), 75-92. https://revistas.uninorteac.edu.br/index.php/DeCienciaemFoco0/article/view/83