TENDÊNCIA TEMPORAL DA INCIDÊNCIA DE HEPATITE VIRAL B E C NO ESTADO DO ACRE, NO PERÍODO DE 2001 A 2013

Autores

  • Denys Eiti Fujimoto UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Autor
  • Carmen Freire Warden Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ. Rio de Janeiro Autor
  • Rosalina Jorge Koifman Pesquisadora Titular e Docente Permanente da Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ. Rio de Janeiro Autor

Palavras-chave:

Hepatite Viral B, Hepatite Viral C, Incidência, Tendência temporal

Resumo

Introdução: As hepatites virais B (HBV) e C (HCV) são doenças que acometem principalmente as células hepáticas, podendo levar a quadro agudo e crônico de caráter infeccioso e inflamatório, com transmissão parenteral. O Estado do Acre, assim como a região Norte do Brasil, apresenta historicamente alto índice de casos de hepatite viral. Medidas de prevenção foram adotadas, como a campanha de vacinação nacional que ocorreu em 1992 no Acre, fato este que pode ter contribuído para uma diminuição temporária de casos novos. Conhecermos a tendência temporal da incidência destas doenças permite avaliar seu comportamento e os efeitos das medidas de controle e identificar possíveis fatores que interfiram na sua evolução. Métodos: Este estudo é exploratório de séries temporais para avaliar a tendência temporal da incidência das hepatites virais B e C no estado do Acre, entre 2001 e 2013. Dados dos casos notificados de HBV e HCV foram obtidos através do Sistema de Notificação de Agravos (SINAN WEB) do DATASUS. Taxas de incidência foram obtidas para cada 100.000 hab/ano e padronizadas pelo método direto. A tendência temporal foi explorada mediante análises de regressão polinomial. Resultados: Para HBV foram identificados 2.864 casos (47,6%) nos homens, e 3.153 casos (52,4%) em mulheres. O número de casos de HCV entre os homens foi de 1.392 (63,9%) e nas mulheres foi de 785 (36,1%). Foi observada tendência de crescimento constante da incidência de HBV, à exceção das mulheres da capital. Para o HCV apenas as mulheres do interior do estado apresentaram tendência de crescimento linear e constante. Este crescimento pode ser atribuído a fatores de risco, como procedimentos estéticos com utilização de materiais pontiagudos e cirúrgicos. Conclusão: Em nosso estudo as hepatites virais apresentaram uma tendência a crescimento, principalmente no interior do estado, podendo elevar o número de casos e consequentemente na piora da morbimortalidade, sendo necessário um esforço para melhorar a cobertura vacinal.

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Publicado

2019-12-27

Como Citar

TENDÊNCIA TEMPORAL DA INCIDÊNCIA DE HEPATITE VIRAL B E C NO ESTADO DO ACRE, NO PERÍODO DE 2001 A 2013. (2019). DêCiência Em Foco, 3(2), 81-96. https://revistas.uninorteac.edu.br/index.php/DeCienciaemFoco0/article/view/71